«...Tenho tentado descobrir o que é aquilo que todos chamam felicidade.
Já a procurei em todo o lado, aqui, ali, acolá, até mesmo em ti, mas não a encontrei.
Então perguntei a mim mesma o que seria esse sentimento que muita gente fala, e aí percebi que a felicidade só é possível encontrar-se no coração e no olhar de cada um.
Foi então que decidi olhar-me ao espelho.
Caíram-me lágrimas, o meu coração estava ferido, o meu olhar a sangrar, o meu corpo, era apenas isso, o meu corpo e nada mais.
O sangue escorria, os golpes eram profundos, o sorriso era falso.
Passava a vida a sorrir, tinha vergonha de mim mesma. Era vergonhoso não conseguir ser forte o tempo todo, era vergonhoso todas as noites em claro a chorar por um dia melhor, era vergonhoso um dia deixar cair o sorriso, verter a lágrima pendurada depois de tanto tempo, e exibir todos os cortes. Ninguém iria compreender, apenas iriam julgar.
Eu espero pelo dia em que me dês a tua mão, me ajudes a levantar, me digas que está tudo bem e de seguida me dês um abraço bastante apertado.
Eu espero pelo dia em que fique tudo bem.
Eu espero pelo dia em que me dês a tua mão para enfrentarmos tudo juntos.
Eu vou esperar para sempre pelo dia em que tu me irás proteger...»