sexta-feira, 28 de março de 2014

Tudo num vazio se tornou,
A melodia deixou de existir,
O passado foi aquilo que não voltou,
O passado foi aquilo que tudo fez partir.

E como é que um coração sozinho se poderá concertar,
Sem se quer saber que caminho haverá de percorrer,
Com respostas não irá encontrar,
E com um coração que está prestes a morrer.

No amor deixei de acreditar,
Quando tu me fizeste o sentido da vida perder,
Todos os meus sentimentos conseguis-te quebrar,
Jamais alguém o meu amor irá receber.


quinta-feira, 20 de março de 2014

Durante Muito Tempo

«...Durante muito tempo lutei por quem nunca se importou, chorei por quem não merecia, desculpei quem não tinha desculpa e culpei quem não a tinha, ouvi o que não devia e amei quem não me amou.

Agiste e pedis-te desculpa mesmo quando a intenção era magoar, fizeste-me cair, deixaste-me magoada no chão como garantia de como jamais me voltaria a levantar, enquanto viravas as costas levas-te o pouco que restava de mim, deixei lágrimas escorrer e todo o sangue que restava deixei verter e o meu coração morreu, e sem olhares para trás o teu caminho seguis-te.
Como é possível esqueceres tudo o que me fizeste sofrer? Como é possível agires como se nada se tivesse passado? 

Como é possível hoje chegares-te ao pé de mim e dizeres que estou diferente e que sou fria?
Eu durante tantos anos amei-te e tu o meu amor sempre desprezas-te.
Lembras-te daquele rapariga calma e doce, que sorria só de te ver ou até mesmo só de pensar em ti? Lembras-te daquela rapariga que tinha tanto amor para dar que com o seu olhar era capaz de aquecer todos aqueles que a rodeavam? lembras-te daquela rapariga que tinha um coração que derretia pelo amor que sentia por ti ser tão forte?
A rapariga mudou... deixou de ser doce, tem um olhar gélido, tu és lhe indiferente e o coração que derretia por ti deixou de existir...
A rapariga depois da sua queda consegui-se levantar, aceitou e seguiu em frente.

O amor que tanto te incomodava deixou de existir... E agora tu percebes...
Tu percebes o quanto ela te amava, tu percebes o quanto a magoas-te, percebes o que ela sofreu...

Mas acima de tudo tu agora acabaste de perceber o que perdes-te, ao vê-la sorrir ao lado de outro rapaz que a beija, que a agarra, que a abraça, que faz de tudo para não a deixar ir a lado nenhum a não ser ficar ali ao pé dele, ao lado de um rapaz que a ama...»

Agora sabe-se o que é amar

No meio da escuridão,
Onde nada se consegue ver,
Bate o coração,
Mais depressa do que o próprio bater.


Bate forte como se a algum lado quisesse chegar,
E nesse lugar quisesse permanecer,
É entre os teus braços que ele quer estar,
É junto ao teu peito que ele quer adormecer.


Não sei porque é que ele te está a amar,
Não sei porque é que ele a ti quer pertencer,
Não sei porque é que ele a ti se quer entregar,
Uma vez que foste tu que tanto o fizeste sofrer.


É então que tu decides a minha mão agarrar,
Fazendo o meu corpo estremecer,
Tu agarras-me e começas-me a beijar,
E fazes-me tudo a minha volta esquecer.


Os nossos corpos começam-se a juntar,
E os dois, um só parecem ser.

Nada os parece separar,
Nada o conseguirá fazer.


Agora sabe-se o que é amar,
Agora sabe-se o que é vencer,
É os corpos juntar,
Sem nada nem ninguém temer.




quarta-feira, 19 de março de 2014

Não me deixes perder-te

«...Sinto que tudo mudou... mudaram as palavras, os gestos, o tempo.
Tudo mudou, eu mudei e tu também, todos mudamos e tudo o que nos rodeia.
Mas sabes o que nunca mudou? Os sentimentos...
Sinto-me sozinha no meio da multidão e perdida mesmo sabendo todos os caminhos, sinto saudades daquilo que nunca tive, saudades das palavras que ficaram por dizer, saudades de tudo que nunca aconteceu, saudades até mesmo das lágrimas que ficaram por cair, sinto medo de adormecer e acordar de um sonho que me faz desejar não despertar, sinto medo de adormecer e não conseguir despertar de um pesadelo horrível, sinto medo de ter medo e sinto medo por nada temer.
Sinto vontade de parar o tempo e correr o mais depressa até a ti para me enroscar nos teus braços e me perder num beijo teu.

Eu sinto medo... por isto desejar, 
Mas mais medo ainda sinto 
Só de pensar que te posso perder, 
E jamais voltar-te a encontrar...»


segunda-feira, 17 de março de 2014

Mais Forte

Não sei o que no papel escrever,
As palavras não consigo soltar,
Os sentimentos não consigo esconder,
Esta angustia está-me a matar.

Não sei onde me agarrar,
Sinto que vou cair,
Não consigo mais lutar,
Não consigo mais um sorriso fingir.

Onde ficou o passado?
Onde ficou a esperança de uma amizade?
Tudo foi encenado,
Nada foi verdade.

Mas podes acreditar,
Tudo isto pode estar a acontecer,
E todo o mundo a desabar,
Mas o fundo do meu ser,
Não conseguirás encontrar.

Sou mais forte do que consegues ver,
Mais forte do que aquilo que possas pensar,
Mais forte do que os arrepios no corpo a percorrer,
Mais forte do que o veneno capaz de matar.




sábado, 15 de março de 2014

Amor Encenado

Ás vezes é difícil sorrir,
Quando me parece derrubar,
Bem tento fugir,
Mas não consigo escapar.


Estou com alguém que me faz sorrir,
Mas jamais conseguirei amar,
Porque não por ele que amor estou a sentir,
Mas sim por alguém alguém que jamais será capaz de me amar.


Apenas a felicidade quero encontrar,
Quero saber o que é viver,
Toda esta tristeza quero matar,

Por pertencer a alguém que não quero pertencer.

É insuportável a dor que estou a suportar,
É impossível tantos sorrisos fingir,
Como é que com tudo isto posso acabar,
Sem ninguém acabar por desiludir?


Sinto-me sozinha,
E aos poucos a morrer,
A ficar cada vez mais perdida,
Sem vontade de viver.


Só me resta lágrimas deixar cair,
E continuar este amor a representar,
Continuar este leve sorriso fingir,
Enquanto todo este sofrimento me continua a matar.




sexta-feira, 14 de março de 2014

A Vista de uma Criança Sobre o Olhar de um Adulto

O tempo continuava a passar,
O tempo continuava a fugir,
Será que nele devo confiar?
Será que ele estará sempre a mentir?

O tempo passou,
E continuou a passar,
O tempo foi aquilo que algo matou,
O tempo é aquilo que faz matar.

Os sonhos desapareceram,
Os olhos deixaram de brilhar,
Os arrepios o meu corpo percorreram,
Enquanto estas palavras estou a rabiscar.

Como é possível eu alguém ser,
Alguém que já não consigo encontrar,
Alguém que já não se consegue reconhecer,
Alguém que apenas o passado quer recordar.

É querer não esquecer,
Que o tempo não continue a passar,
É desejar o futuro perder,
Para ao passado regressar.

É querer aquela criança encontrar,
Aquela criança que nada parecia temer,
A criança que tudo conseguia enfrentar,
A criança que tudo conseguia vencer.

O perdão começou-se a perder,
Segurança não consigo encontrar,
O medo consegue-me vencer,
E palavras não consigo soltar.

Agora é deixar a lágrima cair,
E ao passado desejar regressar,
É não se puder fugir,
Daquilo que se quer escapar.

Foi o lugar de uma criança,
Que a um adulto deu lugar,
Que perdeu toda a esperança,
Ao perceber o que era amar.

Como pode um adulto amar,
Se tanto em si consegue ter,
Como pode um adulto perdoar,
Sem o significado disso saber?

Só me resta ás memórias agarrar,
E no passado continuar a viver,
Só ele me faz continuar,
É lá que irei morrer.

No olhar daquela que foi uma criança,
Que não sabia o que a estava a esperar,
Aquela que hoje não tem esperança,
E que todos os dias com o passado volta a sonhar.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Amar é...Amar

Se eu cair,
Por favor ajuda-me a levantar,
Faz-me sorrir,
Ajuda-me a sonhar.


Que me dês tudo não vou esperar,
Ajuda-me apenas a viver,
Ensina-me a perdoar,
Faz-me tudo esquecer.


Ajuda-me os medos enfrentar,
Ajuda-me todos os medos perder,
Ajuda-me a continuar a lutar,
Ensina-me a viver.


Eu sei o que é amar,
Só não sei o que é esquecer.
Pois as nossas memórias não consigo apagar,
Nem o amor é capaz de as fazer arder.


Eu sei que te estou a amar,
E nada contra isso posso fazer,
Eu juro que estou a tentar,
Eu juro que vou deixar de viver.


Amar é viver,
Viver é amar,
Amar é não esquecer,
Amar é recordar.


Amar é amar,
E medo de nada ter,
Enquanto tudo nos é capaz de amedrontar,
Enquanto tudo estamos a temer.


Eu sei o que é lutar,
E não irei desistir,
Eu sei o que é sonhar,
É tudo aquilo que nos faz sorrir.


Mesmo que por vezes seja difícil lutar,
Mesmo que por vezes seja difícil de sorrir,
Decido o tudo enfrentar,
E longe da minha cabeça desistir.


domingo, 2 de março de 2014

Só quem sabe amar

Como é que tantas certezas podem haver,
Sobre um antigo amor,
Que só nos fez sofrer,
Que só nos causou dor?

E agora que esse amor regressou,
O que se pode fazer?
É um amor que nunca acabou,
Um amor que ninguém conseguiu esquecer.

É possível voltar a confiar,
É impossível nada temer,
Quando temos medo que tudo volte a acabar,
Quando o fim começa a aparecer.

No impossível tentamos acreditar,
Como se isso nos fizesse o sofrimento vencer,
Como se isso fizesse a nossa dor atenuar,
Como se tudo o que sentimos pudesse desaparecer.

Palavras que ficam por soltar,
Palavras que gostaria de ouvir,
Gestos que são de quem sabe amar,
Gestos que ensinam quem não sabe a sorrir.


Só quem sabe amar,
Só quem sabe sofrer,
São todos os que no amor decidem acreditar,
São todos os que por amor acabam por morrer.

sábado, 1 de março de 2014

A saudade

Olho para rua,
Já coberta pela escuridão,
Pela chuva foi despida

Apenas se ouvia o vento e o bater do coração.

A saudade está-me a dominar,
Sem me conseguir defender,
A dor é capaz de matar,
Por tanto fazer sofrer.

Tento nada lembrar,
Tento tudo esquecer,
Com este sofrimento vou acabar,
A ele não me posso render.

Eu sei que tudo vou esquecer,
Eu sei que nada vou recordar,
Sei que se esta saudade desaparecer,
Porque amanhã não voltarei a acordar.