quinta-feira, 20 de março de 2014

Durante Muito Tempo

«...Durante muito tempo lutei por quem nunca se importou, chorei por quem não merecia, desculpei quem não tinha desculpa e culpei quem não a tinha, ouvi o que não devia e amei quem não me amou.

Agiste e pedis-te desculpa mesmo quando a intenção era magoar, fizeste-me cair, deixaste-me magoada no chão como garantia de como jamais me voltaria a levantar, enquanto viravas as costas levas-te o pouco que restava de mim, deixei lágrimas escorrer e todo o sangue que restava deixei verter e o meu coração morreu, e sem olhares para trás o teu caminho seguis-te.
Como é possível esqueceres tudo o que me fizeste sofrer? Como é possível agires como se nada se tivesse passado? 

Como é possível hoje chegares-te ao pé de mim e dizeres que estou diferente e que sou fria?
Eu durante tantos anos amei-te e tu o meu amor sempre desprezas-te.
Lembras-te daquele rapariga calma e doce, que sorria só de te ver ou até mesmo só de pensar em ti? Lembras-te daquela rapariga que tinha tanto amor para dar que com o seu olhar era capaz de aquecer todos aqueles que a rodeavam? lembras-te daquela rapariga que tinha um coração que derretia pelo amor que sentia por ti ser tão forte?
A rapariga mudou... deixou de ser doce, tem um olhar gélido, tu és lhe indiferente e o coração que derretia por ti deixou de existir...
A rapariga depois da sua queda consegui-se levantar, aceitou e seguiu em frente.

O amor que tanto te incomodava deixou de existir... E agora tu percebes...
Tu percebes o quanto ela te amava, tu percebes o quanto a magoas-te, percebes o que ela sofreu...

Mas acima de tudo tu agora acabaste de perceber o que perdes-te, ao vê-la sorrir ao lado de outro rapaz que a beija, que a agarra, que a abraça, que faz de tudo para não a deixar ir a lado nenhum a não ser ficar ali ao pé dele, ao lado de um rapaz que a ama...»

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