domingo, 29 de março de 2015

Esse nada que tudo acabou por ser

«Palavras ditas que ficaram por dizer,
Ficaram trancadas?
Não sei responder.
Malditas palavras desajeitadas
Que não consigo vencer.
Tento ver as horas,
Mas as horas não consigo ver,
O tempo não pára,
Não posso deixar o tempo vencer.
Onde ficaram as palavras,
As palavras que quero, 
Mas não consigo dizer?
Sinto a tua a falta,
Como, nem eu consigo perceber,

Ainda não partiste,
Mas já estou a morrer.
Não sei que palavras usar,
Não sei o que dizer,
Não quero que vás,
Não te quero deixar,
Não te quero perder.
Mas eu não posso falar,
Tu não irias entender,
Tu atrás não irias voltar,

Tu nunca irias ceder.
Não sei porque continuo a escrever,
Talvez seja o que me permita sonhar,
Talvez seja o que permita viver,
Talvez seja porque me faz de tanta coisa recordar.
Talvez seja pelo medo ridículo de ao meu lado te deixar de ter.
Sei que não é isso que me está a amedrontar.
Tenho medo de que,
Um pouco de ti quando acordar,
Aos poucos comece desaparecer.
Não fomos nem somos nada,
Mas foi esse nada que tudo acabou por ser.»



Sem comentários:

Enviar um comentário