quinta-feira, 12 de junho de 2014

Ao Teu Lado


«...Todas as noites, perco-me nos meu pensamentos e deixo-me levar por todos os meus sonhos.
Costumava adormecer enquanto imaginava-nos juntos, e connosco as nossas discussões, as nossas brincadeiras e tudo o que nos pudesse pertencer.
Nessas noites apenas queria adormecer, não precisava de acordar, somente queria ficar a viver num sonho que era tão perfeito.
Foi então que o medo me decidiu assaltar.
O que aconteceria se não conseguisse adormecer? o que aconteceria se não pudesse voltar a sonhar contigo? Ou o que aconteceria se simplesmente deixasse de sonhar?
Eu já não tinha esperança, não valia mais a pena lutar por algo que já tinha tido e que decidiu partir.
Restava agarrar-me ás memórias, agarrar-me áquilo que foi e já não era, agarrar-me ao passado e revive-lo como se fosse hoje.
Eu tinha desistido de lutar, e o que me mantinha viva era apenas sonhar.
Tinham-se acabado as palavras, os beijos, os abraços, o «nós» dividiu-se e dele sobrou um «eu e tu», dele restaram duas vidas a viverem os seus caminhos distintos sozinhos.
Prometi não voltar a amar. Aliás, prometi não amar, não sofrer, simplesmente prometi nem se quer sentir. Deste modo não me voltaria a desiludir nem a desiludir a ninguém.
Passaram-se meses, sobrevivia ao dia e quando as estrelas subiam, afogava-me na noite, até porque as lágrimas já não chegavam para isso, as lágrimas tinham-se esgotado, tal como a vontade de viver.
Não esperava nada, já nem sabia o significado disso.
De um momento para o outro o passado sorriu-me. Mas o que era isso? O que era sorrir?
Tinha voltado a sentir como também tinha regressado o enorme desejo de te agarrar, de te abraçar, de te dizer que tinha medo de ter perder, de te beijar, de te dar a mão e seguirmos juntos o nosso caminho.
Toda esse enorme sentimento tinha voltado a surgir com a tua pergunta. A pergunta que já tinha sido feita á muito tempo atrás juntamente com a promessa de que nunca me deixarias. Todo essa vontade tinha surgido depois de me perguntares se queria voltar a namorar contigo, e a tudo isto juntou-se ainda a minha incapacidade de falar por não saber o que responder.
Como seria ter de lutar novamente contra uma promessa que jamais seria cumprida? Como seria ter de lutar novamente contra o presente e fazer dele um passado que não interessa a ninguém?
Mas eu não conseguia viver na dúvida, «E se...» «Talvez»... eu precisava de voltar a sentir, eu precisava de viver, eu precisava de ti.
Eu precisava e continuo a precisar.
Hoje NÓS vivemos do presente, vivemos daquilo que somos, vivemos daquilo que sentimos.
Deixámos de viver das promessas que só existem para ser quebradas.
Nós vivemos do nosso amor.
Amor... aquilo que me ajudou a sobreviver, para hoje andar de mãos dadas contigo, estar sempre junto de ti e todas as manhãs acordar ao teu lado...»


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