segunda-feira, 21 de julho de 2014

Afinal Todos Somos Escritores

«...Dei por mim acordada ás três da manhã, não tinha sono, apenas tinha uma grande vontade de escrever.
Agarrei numa folha de papel e numa caneta de tinta azul, a que estava mais a mão, e comecei, quer dizer, eu tentei.
Havia em mim uma enorme vontade de escrever, sentia essa necessidade, eu precisava de fazê-lo, mas as ideias estavam tal e qual como o sono, andavam desaparecidas.
Eu não desisti. Apenas deitei a minha cabeça sobre aquela folha livre de qualquer vestígio de tinta e fechei os olhos. Jurava ter sido apenas um momento, mas foram largas horas que assim permaneci, tudo estava igual, eu estava na mesma posição, a folha continuava limpa e escondida debaixo da minha cabeça e a caneta continuava presa entre os meus dedos que com a rotina e com o tempo já não eram quase capazes de a soltar. O que tinha mudado eram os ponteiros do relógio, porque até as ideias continuavam perdidas não sei bem por onde.
Para mim naquele momento não era importante escrever sobre o amor, a saudade ou sobre aquilo que sentimos, naquele momento nada para mim era importante ou quase nada.
Estava apenas eu ali, com a folha e a ''borra-tintas'', aquele silêncio era agradável e ter a mente vazia ainda conseguia ser mais, e comecei a escrever.
Comecei a escrever sobre nada, afinal todos somos escritores, não interessa o que escrevamos...»

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