segunda-feira, 21 de julho de 2014

Dois Corpos Únidos

«A lua brilhava,
O vento limitava-se a entregar,
A lua mais longe ir desejava,
Mas o vento não ninguém sabia amar.

A lua magoada ficou,
Por o vento o mesmo que ela, não desejar,
Sentiu dor como se fosse a primeira vez que alguém a magoou,
E prometeu nunca mais amar.

Ninguém regras me irá impor,
Por aquilo que quero vou lutar,
Chega! Vou acabar com esta dor,
Chega de sofrer, chega de amar.

Porque amar é amar,
Porque quem ama tem prazer,
Desta forma os corpos juntar,
Desta forma tudo o resto esquecer.

Depois de os corpos juntar,
Os corpos já mais começaram a ceder,
Num ritmo de quem sabe amar,
Num ritmo de quem não está a sofrer.

Os corpos começaram a transpirar,
O seu suor gotas de prazer,
Que faz os sentimentos gritar,
E tudo o resto esquecer.

O corpo oposto agarrar,
Para não o deixar partir,
Para unidos os corpos continuarem a dançar,
Tão unidos que nada separá-los irá conseguir.

Dois corpos tão unidos que num se conseguiram transformar,
Com a voz trémula, pois até ela começa o prazer sentir,
Com toda a sua força começa os lençóis a agarrar,
Pela noite fora os corpos se continuaram a mover.

Já tinha acabado a noite e começava a amanhecer,
Os corpos cada vez mais apreçados pareciam estar,
Cada vez mais depressa se estavam a mover,
E os seus olhares os corpos estavam a penetrar.

Horas e horas sem parar,
E nem um segundo pareciam ceder,
Cada vez mais os corpos estavam a desejar,
Cada vez mais os corpos um no outro se estavam a perder.

O ritual não tinha fim,
Os seus beijos pareciam não acabar,
Nunca tinham sentido nada assim,
Os seus corpos não se conseguiam controlar.

Naquele ritmo vai e vem,
Num ritmo de quem sempre mais esta a desejar,
Ambos os corpos queriam ir mais alem,
Mais longe do que o próprio alcançar.

Cada vez mais os corpos se uniam,
Num ambiente abrasador,
Cada vez mais um do outro queriam,
Cada vez mais se tornava intenso aquele odor.

Os corpos mais se uniam,
Os corpos mais se amavam,
Os corpos mais que o mais queriam,
Os corpos mais que o mais desejavam.

Cada vez mais o ritmo acelerava,
Cada vez mais se podia sentir o cheiro do prazer,
Cada vez mais se desejavam,
Cada vez mais se queriam conhecer.

Naquela dança inesperada,
Que fim não parecia ter,
ela sentia-se cada vez mais desejada,
Nado os fazia ceder.

Eles apenas se desejavam,
Eles apenas se queriam conhecer,
Eles cada vez com mais desejo gritavam,
Eles só queriam mais e mais prazer.

Eles nunca se largavam,
Eles não queriam parar,
Beijos, olhares, toques que se entrelaçavam,
Que faziam com mais intensidade os corpos balançar.

Já num ritmo que ninguém consegue alcançar,
Com mais força para que mais pudessem sentir,
Foi então que a começou a penetrar,
Para que mais longe ela pudesse ir.

Ela mais forte começava a gritar,
O seu gemido de longe se conseguia ouvir,
Ele cada vez com mais força começava-a a agarrar,
Para que mais prazer ambos pudessem sentir.

Correu a ultima gota de prazer,
Tanto o corpo de Eva como de Adão,
Unidos vieram a adormecer,
E deste gesto surgiram os sentimentos, a paixão.

Criaram o amor,
E fizeram com que todos o sentissem,
Sem vergonha, sem pudor,
Para que lutassem e nunca desistissem.

O amor a todos fizeram chegar,
E a esperança fizeram nascer,
Sem nunca o amor negar,
Sem nunca o amor esquecer.

Agora chamo esperança ao amanhecer,
Agora chamo amor ao luar,
Por tanto eu sofrer,
Na Eva e Adão não consigo acreditar.

Eles criaram o amar,
O amor é preocupação,
É um jogo onde regras não se pode impor,
É um jogo onde se joga com o coração.»

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