segunda-feira, 15 de setembro de 2014

A Realidade De Um Sonho

«Os trovões e os relâmpagos fizeram-me despertar.
Não consigo adormecer, não quero adormecer, não quero adormecer novamente e ter pesadelos, não quero acordar mais uma vez com a cara encharcada em lágrimas, não quero sequer suportar a ideia de que um dia, aquele sonho angustiante se possa acontecer, não suporto a ideia de um dia me deixares, não suporto a ideia de um dia te perder, não suporto um dia ter de viver sem ti da mesma forma que não consigo sequer suportar a ideia de te poder magoar.
Sou feita de medos e inseguranças, possivelmente nunca os irei perder e muito menos consegui-los esconder, por isso escondo-me e sou aquela pessoa porque todos passam e ninguém repara.
Mas talvez tenha chegado a altura de pelo menos tentar deixar para trás tudo isso, talvez seja altura certa para fazer tudo o que não fiz, talvez seja a altura certa para dizer tudo o que não disse, talvez tenha chegado a altura de deixar de falar por metáforas, talvez tenha chegado a altura de tentar.
Costumo fazer tantas perguntas sem nunca encontrar respostas, decidi parar de perguntar, decidi parar de sonhar, decidi esquecer todos os medos todas as inseguranças e lutar, lutar para que as coisas mudem, para que as coisas sejam diferentes, para que as coisas deem certo.
Desisti de esperar e começar a lutar por algo que nem eu sei o que é ao certo.
Talvez seja aquele abraço, aquele abraço forte, apertado, que me envolve nos braços, me faz esquecer tudo o que existe á minha volta, que me protege, que me faz desejar que aquele momento não acabe, um abraço que apesar de durar alguns segundos que seja eterno.
Talvez seja a forma como voltei a sorrir, como me ensinas-te a voltar a sorrir, que me tenha me tenha levantado e me tenha feito seguir em frente, eu tenho a certeza que foi, e eu vou seguir em frente, eu irei lutar, irei lutar por mim, por ti, por nós, não interessa o ontem, não interessa hoje, não interessa o amanhã, interessa quem somos e o que sentimos, mais nada interessa.
Não interessa os pesadelos, em que nos magoamos, nos separarmos, não interessa os pesadelos em que todas as promessas que fizemos ficam esquecidas, não passam de pesadelos, não é a realidade.
A realidade somos nós juntos, nem que seja a realidade de um sonho, um sonho nosso...»

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