segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Porque de uma forma ou de outra eu amava-te

«Há dias que não me apetece fazer nada, nem ouvir, nem sorrir, nem ver, nem sentir... Seria deste modo possível eu viver? O que é que é afinal viver? O que é a vida?
Não é só a minha dor, não é só a tua, não é só a nossa.
Somos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes, falamos da mesma coisa ao mesmo tempo que falamos de coisas completamente diferentes. Poderá isto ter algum significado? Eu sei que sim, eu acredito, afinal temos de em algo para que no fim algo faça sentido, para que no fim alguma coisa valha a pena.
Talvez estejamos presos á rotina, mas eu sei que nós ainda não desistimos de nos libertar, haveria outra razão pela qual ainda rimos juntos, que damos as mãos e inevitavelmente cuidamos um do outro? Eu não sei, tu não sabes, ninguém sabe, porém só nós sabemos, reconhecemos que todos vivem obcecados por algo esquecendo-se de viver. Onde ficam os sentimentos?
Passaram-se conversas e meias palavras. Nós conhecemo-nos, agora não existem meias palavras, meios termos, existe um tudo ou nada, um sim ou não, porque nós não somos ou isto ou aquilo, nós somos quem somos. No entanto «todos mentem ou têm algo a esconder» eu não sou excepção, tu também não.
Por mais mais absurdo que seja, pois tudo isto pode não passar de um mentira, eu confio em ti, porque embora existam mentiras, existe uma verdade, uma verdade em comum, eu fujo e tu escondes, mas ambos sentimos, sentimos que nos tiraram os tapete que estávamos a pisar e agora procuramos uma razão pela qual viver. 
Já sei nada que me possam tirar tropecei nas nossas palavras. Que valor elas terão afinal? Talvez mais do que algum dia pudesse ter imaginado. Hoje agarro-me a elas com a promessa de que olharei sempre por ti, com o sonho de te fazer te fazer alguém feliz, com um desejo de um abraço longo e demorado, para que no fim algo faça sentido, para que no fim alguma coisa valha a pena, para que no fim eu possa dizer:
-Dei-te tudo, mesmo aquilo que nunca tive, porque de uma forma ou de outra eras tu quem davas sentido á minha vida, porque de uma forma ou de outra eu amava-te  e nunca iria ficar contigo...»

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