domingo, 17 de agosto de 2014

Memórias

«...Quem é que nunca acordou com um pesadelo? Quem é que nunca desejou não acordar de um sonho que estava a ser tão perfeito? Quem é que nunca desejou fugir da realidade?
Ás vezes sem me aperceber estou perdida, talvez me vejam por aí, mas de certo eu nem irei reparar na minha figura aleste do mundo, com um olhar distante, sem observar nada em concreto, apenas a olhar o vazio.
Quando desperto, questiono-me o que terá acontecido á minha volta, que palavras foram ou não ditas, então olho para o relógio, por vezes passam-se uns minutos, por vezes muito mais que isso, outras nem passam de uns segundos.
Mas as memórias, não têm tempo, simplesmente vêm, sem pedirem permissão, chegam sem avisar e deixam em nós aquele nó no estômago que por fim, acabamos por perceber que é a saudade.
Sem me aperceber deixo cair uma lágrima, solto um sorriso que me faz suspirar, revivo sentimentos.
Talvez as memórias sejam isso mesmo, não só relembrar cada passo, cada gesto, cada olhar, cada beijo ou cada abraço, talvez seja reviver cada sentimento tal como se fosse a primeira vez, sentir o toque, o perfume e perder-se pela imagem, pelos sorrisos pela história que passou, que não volta, pela história que deixa saudade.
Memórias talvez sejam isso passado, um passado por resolver ou simplesmente que quer ser revivido...»




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